Posso ser forte, rígida, séria, posso ser uma mulher. Mas hoje eu sou só uma menina. Sou frágil, doce, meiga, ingênua e até boba. Hoje eu preciso que tomem conta de mim, sozinha não faço nada. Meu coração de menina está tomado por uma coisa inexplicável e minha respiração já não me pertence. Eu não ligo para o que os outros pensam, eu quero viver isso com toda a intensidade. E daí se a gente vai perder esse encanto? E daí se vai ter um fim? Estou só no meu começo. Agora você pode ler meu coração, em breve todos poderão. Não quero que três palavras fiquem gastas, apesar de parecer que elas se multiplicam quando são verdadeiras. Estou tão fora de mim, nem minha eu sou mais. E eu tenho escrito sobre isso a tanto tempo sem nem saber que existia. Acho que eu encontrei minha razão. E eu sou tão ruim em fingir que não.
Talvez eu já esteja perdida em suas mãos, no seu sorriso, no seu olhar, no som da sua risada, na sua timidez momentânea, na sua atenção, na sua doçura, na sua amizade, na sua voz, na sua personalidade engraçada, no seu jeito de falar as coisas repentinamente, na sua preocupação, em tudo.
Mas eu não vou dormir essa noite. Meu coração assustado não vai deixar. Eu mal consigo me lembrar do que eu ia dizer, do que estou fazendo aqui, do que eu ia escrever, de quem eu sou... Está difícil até respirar. Quando foi que chegamos até esse ponto? Estamos excedendo nosso limites em segredo. Mentalmente estou esgotada. Preciso me acalmar, antes que essa loucura tome conta de mim por inteira. Meu problema é ser verdadeira (ou até estampada) demais. Talvez eu esteja só exagerando. Mas não tenho motivo pra manter o controle, então seja o que nós quisermos. E o que nós queremos é melhor do que eu já imaginei um dia.
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